Por: Carolina Herszenhut
Essa é uma frase que ficou bastante conhecida, e desde que começou a pandemia, acho que vimos muitos momentos que essa frase poderia ser empregada. E vimos também como foi a cultura, tão negligenciada pelo governo atual, que pode nos oferecer algum momento de sanidade em meio ao caos que vivemos.
A partir desse cenário onde profissionais da cultura e toda a sua cadeia se viram da noite para o dia sem nenhuma renda e sem direito ao auxílio emergencial, e com iniciativa da deputada Benedita da Silva e aliados, o congresso aprovou a LAB, mais conhecida como Lei Aldir Blanc.
De forma geral, pela primeira vez no país os 5570 municípios do Brasil teriam acesso a uma verba do fundo de cultura e poderiam através desse dinheiro distribuir sob forma de editais, prêmios e outras iniciativas verbas para que a nossa potente máquina cultural brasileira pudesse continuar a girar.
É bem verdade que esses R$ 3 bilhões que foram direcionados sempre foram da cultura, mas nunca foram utilizados para tal. E que também acho que poderia ter sido distribuído de forma mais justa, mas uma coisa foi e está sendo linda, estamos vendo profissionais que nunca tiveram acesso a verba pública poder colocar suas ideias para fora.
Sabemos que a lei não é suficiente, e também gostaríamos que ela fosse algo recorrente todos os anos independente da pandemia, pois é dever do Estado fomentar aquilo que nos torna únicos: A NOSSA CULTURA.
Da nossa parte, estamos tentando fazer o melhor com isso.
“Salve
Como é que vai?
Amigo há quanto tempo
Um ano ou mais…”
(‘Amigo É Pra Essas Coisas’ — Aldir Blanc)
Há um ano e pouco, começamos a nos informar sobre uma nova doença, um novo vírus que alterou a história, que de lá para cá já vitimou fatalmente quase três milhões de pessoas no mundo. Dentre elas, levou nosso grande poeta Aldir Blanc, em maio de 2020. Nesse cenário catastrófico, além de impactar a economia global, foi especialmente cruel com toda cadeia produtiva da cultura. E Como forma de mitigar os efeitos da pandemia do Coronavírus, foi aprovado no congresso nacional o projeto de lei de iniciativa da Deputada Benedita da Silva, batizado como Lei Aldir Blanc, que liberou 03 bilhões de Reais para Estados e municípios realizarem editais específicos para o setor cultural.
Dentro desse processo de incentivo, O Cluster foi contemplado pela sua história e relevância, no edital ‘Fomento às Artes’, da Secretaria de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro, que juntamente com outras cinco linhas de editais, visou aplicar no mercado, quase 40 milhões de Reais, incentivando algumas centenas de projetos, artistas e produtores.
O Cluster Digital, com o auxílio da lei Aldir Blanc, realiza pela primeira vez essa versão exclusivamente à distância, utilizando a web como espaço de fomento à economia criativa carioca. A adaptação se fez necessária para manter o distanciamento social, a fim de não expor a produção, artistas e público aos riscos de contaminação ao Covid 19.
Carolina Herszenhut, idealizadora do projeto, sustenta o compromisso junto com sua equipe, de apresentar ao público a reconhecida curadoria d’O Cluster, que nesse formato 100% digital se consolida como principal plataforma colaborativa de lançamentos de marcas e iniciativas inovadoras, nas áreas da moda, design, artes, música e gastronomia.
Renato Rangel
Profissional com 28 anos de experiência ininterrupta na área de comunicação, articulação cultural, produção e desenvolvimento de projetos. Radialista, iniciou a carreira no Sistema Jornal do Brasil, passando pela Gravadora BMG BRASIL, MPB FM, AfroReggae, Secretarias de Cultura do Município e do Estado do Rio de Janeiro e MinC, representando a pasta junto a Olimpíada do Rio. Fundou a empresa ‘Contexto Projetos’, onde cria conceitos inovadores para projetos culturais de impacto social positivo, com olhar atento para a acessibilidade comunicacional e a sustentabilidade. Transita entre o Rio, São Paulo e Brasília, e atende clientes na área das leis de incentivo à Cultura.
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