Residência Diego Mouro

Artista paulista, de São Bernardo, participa de residência artística na Casa Amarela da Providência durante o mês da Consciência Negra

Entre os dias 16 e 22 de novembro, Diego Mouro realizou uma  residência artística na Casa Amarela Providência, no morro da Providência, Rio de Janeiro. A atividade fez parte da programação do Mês da Consciência Negra e como resultado o artista realizou um muro retratando as crianças do local.   

A Casa Amarela foi fundada pelo artista francês JR e pelo fotógrafo carioca Maurício Hora. O local atua como centro sociocultural, além de promover atividades voltadas para os moradores, crianças, jovens e adultos. Diego conta que a ação foi arquitetada de forma conjunta com a equipe da instituição.

-Eu queria fazer um trabalho relacionado ao Mês da Consciência Negra, mas queria que a arte estivesse em um lugar que fizesse sentido. A Providência foi uma das primeiras favelas do Brasil. Pude ver o dia a dia dos moradores e viver a comunidade durante uma semana. Na mesma semana eu apareci na Fátima Bernardes, então as pessoas me paravam na rua e me cumprimentavam. Para mim essa foi uma forma de desmistificar a figura do artista.

Foto: Douglas Dobby
Foto: Douglas Dobby

Nosso artista ressalta que a construção da pintura foi orgânica. Ele destaca que sua pesquisa principal é voltada para o resgate de culturas tradicionais e saberes populares de quem vive nas brechas.

-A favela está diretamente ligada com o funk e o passinho. Fiquei com essa ideia na cabeça. O mural é um registro das crianças que frequentam a Casa Amarela dançando.

Durante a semana da residência artística, a instituição contou com outras programações. O projeto AfroCine Ipadé, AteliErÊ, realizou uma mostra de filmes e também uma performance dos próprios alunos da Casa Amarela de dança afro, criada pelo educador e coreógrafo Ernane Ferreira. 

Tiphanie Constantin, coordenadora da Casa Amarela Providência, afirma que a instituição promove uma série de encontros, projeções, atividades e apresentações afro-perspectivadas. Ela também evidencia a urgência de combater a estrutura racista presente na sociedade através de práticas diárias.

Foto: Douglas Dobby

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