Imagem e Semelhança

Projeto autoral de Santiago Panichelli reúne 20 murais em Jundiaí, São Paulo

O artista argentino Santiago Panichelli, representado pela Aborda, realizou em Jundiaí, São Paulo, o projeto “Imagem e Semelhança”, uma série de 20 murais que articula autorretratos e figuras mascaradas para examinar as interseções entre identidade, papéis sociais e subjetividade. Desenvolvido ao longo de sete meses, o trabalho reflete sobre as camadas que constituem o sujeito contemporâneo, explorando como essas diferentes identidades moldam nossas interações e relações. A série culmina em um vídeo em stop motion, que interconecta as intervenções urbanas, ampliando a reflexão proposta por Panichelli. Assista ao vídeo completo aqui

Ao longo do projeto, o artista produziu retratos que, embora autônomos, formam um conjunto coeso ao dialogar com o conceito central da série: o impacto das máscaras sociais na percepção e na relação com o mundo. “Eu poderia ter trabalhado sobre a mesma imagem, mas meu interesse era deixar aqueles retratos espalhados em lugares diferentes como parte do processo daquela ideia”, afirma Panichelli.

Foto: Mariana Barboza

Máscaras e identidade como eixos de investigação

Santiago Panichelli conduz sua pesquisa artística a partir de uma indagação sobre as dimensões existenciais da experiência humana, explorando os aspectos psíquicos e simbólicos que estruturam a identidade. A série incita uma reflexão sobre as transformações identitárias ao longo da vida e sobre a capacidade das artes visuais de dialogar com a complexidade do sujeito contemporâneo.

Cada máscara criada — seja a de um Buda, de um Diabo ou de um Louco — simboliza diferentes etapas do processo de construção do ser, refletindo as múltiplas formas de identidade que adotamos à medida que enfrentamos as várias fases da existência. As máscaras funcionam como metáforas do processo humano de busca e autocompreensão, evidenciando a pluralidade de aspectos que compõem nossa subjetividade.

O mural final da série, que retrata uma caveira, é emblemático neste contexto. Embora a caveira remeta à ideia de fim, o próprio movimento da imagem, com um espiral que emerge de seu interior, sugere o recomeço — um símbolo do ciclo contínuo de transformações internas que nos definem. Não se trata apenas de um confronto entre vida e morte, mas da representação dos processos internos que todos enfrentamos, de início e fim, a cada instante da vida material. 

“Eu alimento a minha alma e a minha sede fazendo este tipo de projeto. São as coisas mais profundas que tenho a dizer, então me entrego completamente, sou o mais sincero e autêntico possível. E agradeço, obviamente, aos trabalhos comerciais, que me possibilitam me entregar a minha pesquisa autoral”, afirma o artista. 

Sobre a Aborda

A Aborda é uma plataforma inovadora dedicada à arte e cultura contemporâneas na América Latina. Nosso foco principal é a representação de artistas visuais, conectando-os ao mercado por meio de projetos artísticos que englobam fins culturais, educacionais e comerciais. Para falar sobre projetos ou adquirir obras de artistas representados, entre em contato por aqui.

 

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