Segundo Barbosa as obras que estão no espaço são um registro sensível da luta de mulheres que acontece em meio ao cotidiano, a vida que não para e que só funciona pelo combustível invisível do trabalho. Além disso, a artista também aborda as pequenezas que pessoas do gênero feminino trazem como heranças sem valor de capital e que fazem parte de uma memória coletiva dividida entre cada uma.

– Entre as pinturas produzidas durante a pandemia do corona vírus, em 2020 e 2021, escolho evidenciar o cenário que cercou minha produção e as inquietações que ele me traz. Como ser uma mulher revolucionária em meio ao peso do trabalho doméstico e do cuidado que nos é dado como natural? Quais foram as mulheres que nos forneceram as armas para que pudéssemos hoje, mesmo que timidamente, escolher o mundo? Como existir na esfera pública quando somos recolhidas para a particular?

“Desobediência Servil” ficou em exposição do dia 10 de março a 10 de abril. A programação contou com uma roda de conversa com Pri Barbosa, onde a artista visual falou sobre sua carreira e produção.