Para as que eu cultivo e que me cultivam

Pri Barbosa participa da exposição “Ciência é Esperança” na Estação da Sé, metrô de São Paulo

Nossa artista Pri Barbosa foi convidada para participar da mostra “Ciência é Esperança”. A iniciativa veio de uma parceria entre a 3M Brasil e a PPG, tintas e revestimentos, e o metrô de São Paulo. A exposição está em cartaz na Estação da Sé, centro da cidade,  de 16 de julho até 15 de agosto, e conta com a obra de outros dois artistas: Felipe Borges e o Estúdio RoLu.

A exposição tem como objetivo trazer a relação entre a ciência e a arte. O espaço do metrô foi escolhido pela alta circulação de pessoas. Além disso, o local permite que as pessoas se aproximem da arte e dessa forma também entendam as produções dos artistas através de totens explicativos. 

Pri Barbosa conta que ficou muito feliz com o convite. Segundo ela, a ciência já está ligada com o seu trabalho através da botânica, tema já retratado pela artista. Na tela “Para as que eu cultivo e que me cultivam”, Pri traz como tema ciência e gênero. 

-Fico muito feliz de estar com esta produção no metrô, que é muito presente na vida de todo paulistano. Eu falo sobre a relação da botânica com as mulheres. Para mim, foi muito interessante ampliar essa relação e retratar as mulheres com os interesses científicos. Por isso, pintei essas duas moças estudando juntas o trabalho de outras mulheres. Espero que esta arte possa encontrar várias pessoas.

Nossa artista ressalta que quis colocar referências a mulheres importantes no campo da pesquisa e da ciência. Na pintura há menção a  Graziela Barroso, primeira botânica brasileira, a Bertha Lutz, uma das primeiras feministas do Brasil, e um livro sobre mulheres negras na ciência.

-Não tem como a gente falar desse tema sem mencionar as profissionais que abriram caminho para gente, mesmo com tantas dificuldades. Ao longo da história tem mulheres que não recebem os devidos créditos, ou suas pesquisas foram silenciadas pelos companheiros de vida. A Graziela, por exemplo, era dona de casa e ao longo da vida catalogou diversas plantas do país. Ela só fez doutorado aos 60, mesmo assim já era referência na área da botânica. Esta história pode fazer com que muitas pessoas se identifiquem. 

Pri com a Thalita, estudante que passava pelo metro e gostou na arte

Pri Barbosa é artista visual, muralista e ilustradora de São Paulo. Ela desenvolve um trabalho que investiga a iconografia da mulher revolucionária contemporânea, com foco na América Latina. Através de retratos de diversos corpos de mulheres propõe percepções críticas sobre padrões estéticos e comportamentais vigentes. Pri considera esta  uma estratégia de enfrentamento e questionamento das relações de poder.

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